Dançando com os vagalumes ***

Ela queria fazer o que ilumina a alma

mas esperava pelo entardecer.

Com urgencias de acender o peito

no alénver do fim de tarde...

não só assistir o sol adormecer.

Na espera, deu-se conta que na vida

a doçura e a simplicidade é o que se conta.

É a saudade do que foi e do que sempre volta.

Um lindo retalho que se encontra.

Entre sorrisos e pontas de pés.

Do que para outros, era chama

brilhantes e errantes vagalumes

a convidavam para  uma dança. 

E era um momento de doçura,

Que nele recebia o que enchia o canto.

Nem lembrou que houve saudade ...

esqueceu até do pranto.

Essa dança escancarada

sem dono, nem página virada

Era inquieta e dessarrumada,

Era bagagem cheia de amor

incessantemente carregada.

Nessa malemolência,

nesse sopro fluido do mundo

Sentiu-se carinho escapulido, beijo da noite

Dançando no desatar de cabelo ao vento

procurando espaço dentro do peito,

sempre doce e sempre atento.

Deixando correr os zumbidos

E pedidos no pé do ouvido

Mas esses desejos, ninguém precisa saber

O que a noite nos diz,

No embaraçado dos braços

É o que tem de ser.

(Van Oliveira)

 Uma noite linda para todos nós

Beijos ***